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Nos primeiros quatro meses do ano, a internet brasileira superou os jornais como meio preferido para investimentos publicitários, alcançando 11,98% das receitas totais contra 11,06% dos jornais, de um total estimado de R$ 6,5 bilhões, perdendo apenas para a TV aberta, líder com 60,63% do mercado.
Segundo previsões do IAB-Brasil o volume total de investimentos publicitários na internet de alcançar R$ 7,6 bilhões até 2016 confirmando a rápida ascensão do meio online como a segunda opção da publicidade no mercado brasileiro.
Na opinião de Douglas William Alves Benjamim, da C3dWeb Interactive Agency, agência digital especializada em estratégias online, o crescimento se explica em razão da capacidade de segmentação que o meio digital tem. “O principal diferencial da internet é poder segmentar corretamente quem é seu publico-alvo através de sexo, idade, ramo de atividade ou até mesmo regiões demográficas. Também é possível encontrar os chamados nichos de mercado. Isto afeta diretamente o resultado final de qualquer campanha publicitaria”.
O crescimento da mídia publicitária na internet acompanha a popularização da banda larga no Brasil e confirma uma irreversível tendência mundial. Segundo o IAB-Brasil, em todos os mercados onde a banda larga atingiu mais de 40% as verbas publicitárias passaram a migrar de forma acelerada para a internet.
Isso aconteceu no Japão, Inglaterra e Estados Unidos, países nos quais a mídia digital responde de 20% a até mais de 30% do bolo publicitário total.
O jornalista, Rodrigo Góes, diretor de atendimento da agência IO Comunica, afirma que é crescente em Jundiaí o investimento das empresas no meio virtual. “ Jundiaí acordou para o mundo virtual. E está dando resultado porque é uma resposta imediata”.
Segundo ele, o cliente não deixa de fazer a mídia tradicional, mas cada vez investe mais no mundo online. “Muitos clientes já buscam um novo modelo. Não querem mais apenas um site institucional. Querem estar nas redes. Querem interagir com seus consumidores”.
Está crescendo muito rápido, acredita. “Há um ano não se falava tanto no mundo virtual como se fala hoje”.
No Brasil, o mercado de internet continua crescendo quatro vezes mais do que os demais mercados.
Atualmente, o Brasil tem 82,4 milhões de pessoas com mais de 16 anos de idade conectadas à internet, uma penetração semelhante a de países desenvolvidos, mas ainda com um investimento publicitário em torno de 12%. Isso significa que existe um grande espaço de crescimento até chegar a uma fatia de 20% ou mais.
“O investimento publicitário na internet vem crescendo de 35% a 40% ao ano”, declarou Ari Meneghini, diretor executivo do IAB Brasil, ao Portal IG. E esses percentuais não incluem os crescentes investimentos em publicidade em mídias sociais e parte do mercado de anúncios classificados, acrescenta.
O cálculo feito pelo IAB Brasil para estimar a participação do meio internet no conjunto do bolo publicitário leva em consideração principalmente investimentos feitos em sites de busca, em site de comparação de preços e em displays de grande portais de notícia, como o iG, Terra, Uol e Oa.
O termo display é usado no mercado para denominar um conjunto de 146 formatos padrão de anúncios, que inclui desde banners tradicionais até vídeos publicitários de poucos segundos veiculados antes dos vídeos de conteúdo.
Segundo matéria publicada pelo Portal IG, no Brasil, no ano passado, os investimentos em displays, contabilizados pelo projeto Intermeios, somaram R$ 1,45 bilhão.
Em sites de buscas e comparação de preços foi investido outro R$ 1,88 bilhão, segundo levantamento realizado pelo próprio IAB Brasil junto a companhias como Google, Yahoo! Brasil, MSN e Buscapé.
Para este ano, a perspectiva é de que os investimentos em displays alcancem R$ 1,8 bilhão e, em busca, batam na casa dos R$ 2,8 bilhões. “O rio corre para o mar, não tem jeito”, diz Beto Gerosa, Publisher do iG. “A internet vai crescer continuamente”.
As previsões do IAB Brasil indicam que a internet deverá terminar o ano com R$ 4,6 bilhões em investimentos publicitários e participação de 13,7% no conjunto dos investimentos totais.