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Josué de Menezes
É cada vez mais comum ver ciclistas se organizando pelo Facebook para combinar as pedaladas nos finais de tarde ou para programar passeios especiais, aqueles mais longos nos finais de semana.
Os grupos vão se formando em todas as cidades, independente do porte.
As fotos são compartilhadas, dicas de dietas, palavras de incentivo para novos adeptos, enfim, a dinâmica é muito espontânea e natural e começa a fazer parte do dia a dia de muita gente, independente de classe social, religião, time de futebol ou partido político.
Novos roteiros arejam as ideias
Novos roteiros noturnos surgem a cada semana. E os pontos de encontro passam a ser referências para zerar o cronômetro para um novo programa.
A novidade é que estes pequenos movimentos espontâneos têm uma dimensão cultural com o poder até mesmo de mudar a cara das cidades e o estilo de vida das pessoas.
A linha divisória para os movimentos espontâneos se transformarem em cicloativismo é tênue por um simples motivo: os ciclistas passam a enxergar o mundo de um jeito diferente não apenas como um mero meio de transporte.
Atitude e estilo de vida: surgem novos ecossistemas urbanos independente do tamanho da cidade.
Quando pedalar passa a ser uma atitude, um estilo de vida, pronto, nasce um cicloativista.
Os ciclistas percebem o estado de conservação das praças, interagem com as ruas de um jeito mais próximo do dia a dia das pessoas. Novos ecossistemas urbanos vão surgindo naturalmente.
Não importa se o grupo é de Pedreira, Jundiaí ou em Londres.
A pegada é ocupar espaço nas cidades.
E o intercâmbio com outras cidades é natural. O fio condutor é a bike, a magrela. À medida que novos conceitos são assimilados, os movimentos de articulação em defesa de algumas causas podem dar um sentido maior ao ato de pedalar.
A causa mais imediata diz respeito à mobilidade urbana. Mas o tema é muito mais abrangente.
A proposta de ocupar a cidade amplia a visão de mundo.
Neste contexto, surgem os ciclo-jornalistas e os ciclo-urbanistas ativista, dois personagens fundamentais nesta história para fazer valer o lema máximo da sustentabilidade: “pensar globalmente, agir localmente”.
Josué de Menezes, editor do blog Mercados do Futuro, Gestor da rede social Ação em Cultura da Inovação e parceiro do Oa