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Estamos vivendo tempos de transformação profunda. Acho que todo mundo já ouviu falar disso, não é mesmo?
Basta sentir. Perceber. Algo novo está no ar poluído das grandes cidades.
Se, por um lado, o que vivemos é motivo de preocupação, pois vemos as versões dos fatos tomarem o lugar da realidade, especialmente nas mídias sociais, podemos pensar que é também momento de exercer o discernimento.
Essa capacidade que todos temos de não acreditar naquilo que lemos e vemos e ouvimos. Pelo menos assim logo de cara. Podemos e devemos examinar. Observar.
Uma primeira coisa pra pensar é que o Brasil faz parte do mundo. E o mundo é bem cheio de interesses.
E o Brasil é bem rico. E muitas de nossas cidades também.
E tem muita gente que gosta de pensar no mundo apenas em termos de riqueza e poder material pra si.
Também não é muito difícil perceber que existe uma desigualdade crescente, brutal, esmagadora dividindo a humanidade entre os que detem o poder (ao menos o material) e a imensa maioria que vive ocupada em nascer e morrer.
Nada disso é muito novo. Nem quem não pensa muito sente isso na pele. Vem sendo assim há muito tempo.
Mas há algo novo no ar.
Pois agora conseguimos perceber mais quando olhamos juntos.
Com um pouquinho de paciência é possível conectar o pontos. Entender que o discurso da desunião é a arma de quem quer dominar.
Pois, afinal, não parece óbvio que juntos podemos bem mais que os poucos que hoje estão lá no alto?
E devagarinho vamos percebendo que, no fundo no fundo, quem ganha com o preconceito, a intolerância e a discriminação são sempre os mesmos.
E esses mesmos não somos nós.