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Alunos e ex-alunos se encontram em frente da Diretoria de Ensino de Jundiaí, na manhã desta quarta-feira, 11, para protestar contra a precarização do estudo no estado de São Paulo, e também para exigir a apuração dos desvios da merenda.
Bruna Bolson, da União Estadual dos Estudantes, conta que ato começou as 7 horas da manhã, em frente à escola Eloy Chaves. Uma concentração saiu da escola e se posicionou na frente da Diretoria de Ensino.
Trancaram a rua ao lado da Diretoria com uma faixa que dizia: A CASA GRANDE SURTA QUANDO A SENZALA APRENDE A LER, FORA ALCKMIN.
Os estudantes pediam mais investimentos na educação, o fim da impunidade aos responsáveis pelo desvio da merenda e melhorias no ensino público.
Os estudantes trancaram a rua mas, explicou Bruna Bolson, liberaram a rua para carros com idosos, crianças e enfermeiros, médicos e bombeiros que precisavam passar por ali para ir ao trabalho
Em pouco tempo, seis carros da Polícia Militar chegaram. Os estudantes se mantiveram firmes.
“A Polícia Militar foi insistente em querer que apontássemos um responsável para assinar o Boletim de Ocorrência. Como só tinha menores de idade, ameaçaram prender pessoas por desobediência. Quando a coisa ficou mais tensa eu me responsabilizei pelo ato, passei meus dados, tudo”, disse Bruna.
Vários gritos foram puxados, todos acusando a Rede Globo, acusando o governador Geraldo Alckmin, e pedindo por melhorias na educação e pela CPI da merenda.
Durante a tarde alguns estudantes permaneceram lá, quando o motorista de um caminhão os ameaçou. Todos foram conduzidos à delegacia. A advogada Juliana Martins Mussi deu apoio aos estudantes.
Para Bruna Bolson, no final da história os estudantes deram um grande recado pra população.
“Mostraram que não se manterão inertes perante o descaso com que o governador trata a educação e que vão continuar lutando”.
Video produzido por Dane Dalastra