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A transição de governo em Jundiaí expõe divergências sobre o futuro do orçamento da saúde em 2025. Enquanto a gestão atual aponta avanços e organização financeira, a equipe do prefeito eleito, Gustavo Martinelli, alerta para riscos no atendimento à população.
A equipe de Martinelli afirma que a saúde pública enfrentará um déficit de R$ 180 milhões no próximo ano, o que pode afetar contratos e convênios importantes. Um dos exemplos mencionados é a redução de leitos no contrato entre o Hospital São Vicente e o Hospital Santa Elisa, que passará de 35 para 15 em dezembro.
Outro ponto destacado é a possível redução do orçamento para oncologia, que cairia de R$ 800 mil para R$ 600 mil mensais. Isso pode aumentar o prazo para o início de tratamentos de sete para até 30 dias. Já o Instituto Luiz Braille teria suspendido cirurgias oftalmológicas, ampliando filas de espera para o próximo ano.
A Prefeitura de Jundiaí, por sua vez, destaca que o orçamento previsto para a saúde em 2025 será de R$ 1 bilhão, um aumento de 104% em relação a 2017.
A administração aponta que, ao longo dos últimos anos, houve investimentos significativos na rede de atendimento, como a construção de novas unidades, incluindo a UPA 24h do Vetor Oeste e as Clínicas da Família Hortolândia, Novo Horizonte e Ponte São João.
Além disso, ressalta que o Hospital São Vicente, maior prestador de serviços de saúde na cidade, está com as contas equalizadas e a gestão reorganizada.
A atual gestão também reconhece a redução no valor total destinado à saúde para 2025 em relação ao ano anterior. Segundo a Prefeitura, isso é reflexo da queda de arrecadação do ICMS e de congelamentos de repasses federais, decorrentes de mudanças na política tributária nacional.
A equipe de Martinelli, no entanto, avalia que as dificuldades orçamentárias podem comprometer serviços essenciais, exigindo ajustes significativos.