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Acervo digital do Arquivo Histórico é disponibilizado ao público com documentos raros e históricos

Um importante passo para a preservação e democratização da história de Jundiaí foi dado com a disponibilização de um acervo digital contendo 368 documentos históricos, muitos deles datados do século XVIII.

A iniciativa é fruto de uma parceria entre o Arquivo Histórico de Jundiaí, vinculado à Unidade de Gestão de Cultura (UGC), e o Centro de Memória da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). O material, que inclui processos judiciais, escrituras e registros de conflitos, já pode ser acessado online por educadores, pesquisadores e o público em geral.

O acervo digitalizado faz parte de um lote maior de documentos que estavam sob a guarda da Unicamp. Ainda há cerca de 1,8 mil documentos aguardando digitalização, mas o que já está disponível oferece um rico panorama da vida social, econômica e jurídica de Jundiaí em períodos históricos importantes.

Entre os registros, destacam-se processos que remontam a 1754, incluindo casos de roubos na região central, disputas por terras, tentativas de assassinato e, especialmente, documentos relacionados à escravidão, como penhoras de pessoas escravizadas e conflitos envolvendo tropas do governo.

Para Paulo Vicentini, diretor de museus da UGC, a disponibilização do acervo é um marco histórico para a cidade. “A equipe se dedicou para que o acervo estivesse pronto para ser analisado, visto e conhecido pelo público. É um momento de glória para todos nós, em especial pelo fato de termos acesso a escrituras afros e afro-brasileiras”, afirmou Vicentini durante a apresentação do projeto.

A parceria com o Centro de Memória da Unicamp foi fundamental para o sucesso da iniciativa. Marcelo Peroni, gestor da UGC, destacou a importância da ação não apenas para a preservação da memória histórica, mas também para a democratização do acesso a esses documentos. “Qualquer pessoa interessada em pesquisar mais sobre a história da nossa cidade passou a ter acesso por meio do site. Inclusive, já temos a informação de que pesquisadores internacionais já acessaram nossa documentação”, comentou Peroni.

Um dos destaques do acervo é a presença de documentos relacionados a Luiz Gama, importante figura do movimento abolicionista no Brasil, que atuou em Jundiaí na luta pelos direitos das pessoas negras. “Quando trazemos um documento como o de Luiz Gama, mostramos que ele esteve aqui lutando pelo direito das pessoas negras à liberdade”, ressaltou Peroni.

A cerimônia de entrega do acervo digital contou com a presença de autoridades acadêmicas, como a Profª Drª Maria Silvia Dwight Hadler, coordenadora do Centro de Memória da Unicamp, e a Profª Drª Rosa Maria Godoy Silveira, ex-vice-reitora da Universidade Federal da Paraíba. Ambas enfatizaram a relevância do projeto para a pesquisa histórica e a preservação da memória coletiva.

O acervo já está disponível para consulta pública no site acervo digital, e a expectativa é que, com a conclusão da digitalização dos demais documentos, a plataforma se torne uma referência para estudos sobre a história de Jundiaí e do Brasil.

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