O secretário de Saúde de Jundiaí, o médico Adolfo Martin da Silva, pediu exoneração do cargo nesta quinta-feira (30), alegando problemas de saúde.

A decisão foi comunicada oficialmente pela prefeitura, que informou que o médico apresentou um pedido formal de afastamento devido a episódios graves de arritmia e hipertensão, que resultaram em uma internação. A adjunta da pasta, a secretaria adjunta Márcia Facci, assume interinamente a função.

A saída de Martin ocorre logo depois da rejeição, pelo Conselho Municipal de Saúde (COMUS), de uma proposta da prefeitura ao Hospital São Vicente de Paulo (HSVP). A decisão do conselho levou à rescisão do contrato dos Prontos Atendimentos (PAs), situação que gerou uma crise na gestão da saúde municipal. Apesar da proximidade dos eventos, a administração municipal não relacionou oficialmente a saída do secretário à questão dos PAs.

Adolfo Martin assumiu o cargo com o objetivo de modernizar os serviços de saúde e melhorar a humanização do atendimento. Em entrevista ao Oa, antes de sua nomeação, ele destacou que uma de suas prioridades seria ouvir os profissionais da área e buscar soluções para desafios como a fila de oncologia e a redução de cerca de R$ 100 milhões no orçamento da saúde municipal.

O secretário também havia defendido a necessidade de renegociar repasses estaduais e federais para garantir o financiamento adequado dos serviços públicos de saúde.

Na nota em que comunicou sua saída, Martin agradeceu ao prefeito Gustavo Martinelli e ao vice-prefeito Ricardo Benassi pela confiança e reforçou seu compromisso com o Sistema Único de Saúde (SUS) e com a saúde pública da cidade.

A prefeitura, por sua vez, garantiu que os serviços de saúde continuarão funcionando normalmente. A gestão municipal está em busca de novas instituições para assumir a administração dos Prontos Atendimentos e reforçou que a transição será acompanhada de perto para evitar prejuízos à população.