O prefeito Pedro Bigardi anunciou nesta sexta-feira (8) quatro ações com o objetivo de ampliar a preservação da reserva biológica da Serra do Japi: criação do Centro de Referência Ambiental e da Fundação Serra do Japi, reestruturação e abertura da Cachoeira Morangaba e a criação de sistema de monitoria ambiental.
O anúncio foi feito durante solenidade nos Jardins do Solar do Barão (Museu Histório e Cultural) que comemorou os 30 anos do tombamento da Serra do Japi.
“Para preservar é imprescindível conhecer a Serra do Japi e esta será a função das visitas monitoradas, além do instituto de pesquisa. Vamos reestruturar os acessos e também a abertura da cachoeira devidamente monitorada. A discussão será aberta à sociedade, organizando audiências públicas para envolver toda a população”, disse Bigardi.
O prefeito também lembrou o importante papel que o geógrafo e professor Aziz Ab´Saber desenvolveu para que a Serra do Japi fosse tombada.
O processo de tombamento aconteceu em 8 de março de 1983 por meio de Aziz Ab´Saber – na época, presidente do Condephat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo). O especialista faleceu em 2012.
“A partir do tombamento, houve um detalhamento maior nas questões de preservação da área. Foi a lei mais importante do Japi durante anos. Posteriormente, foi criada a APA (Área de Proteção Ambiental) e demais legislações que precisam ser atualizadas”, explicou o prefeito Pedro Bigardi.
“Para entender a necessidade da preservação de toda a área, a população precisa fazer parte desta história. A Serra é muito importante para toda a região, pois oferece clima ameno, um lençol freático importante, fauna e flora especial para pesquisas, com espécies diferentes, únicas e adaptadas”, disse a secretária de Planejamento e Meio Ambiente, Daniela da Câmara Sutti.
Além de comemorar os 30 anos de tombamento do Japi, o evento aconteceu no Dia da Serra do Japi, criado por meio de legislação municipal.
“Por muitos anos, apenas as ONGs relembravam a data. Agora, daremos a devida importância ao assunto oferecendo para a população uma série de ações em defesa da Serra”, relembra o diretor de Meio Ambiente, Flávio Gramolelli, que participou da primeira manifestação popular a favor do tombamento em 1979.
A secretária de Planejamento e Meio Ambiente disse também que a realização do evento no jardim do Solar do Barão foi estratégica.
“Faz parte de um projeto embrionário de revitalizar o Centro da cidade. E hoje até o tempo ajudou para ser realizada ao ar livre esta comemoração. A Serra do Japi é um patrimônio da cidade, é de todo o País”, disse.
Assista entrevista de Ab’Saber para a TV Câmera Livre, em 2006.