O prefeito eleito Pedro Bigardi saiu da cerimônia de diplomação na Câmara Municipal na tarde desta terça-feira (18) com a certeza de que vai conseguir maioria na Câmara, apesar da coligação que o elegeu ter feito apenas quatro dos 19 vereadores.
“Eu tenho certeza”, disse Bigardi logo depois do encerramento da cerimônia.
Mas houve alguma negociação de cargos no Executivo? Como o senhor pode ter certeza?
“Não. Nós estamos trabalhando com a valorização da Câmara Municipal. A Câmara tem que cumprir o seu papel de fiscalizador do Executivo. Não temos medo disso”.
Bigardi explica que vai trabalhar com o diálogo e da construção de uma relação madura com a Câmara.
“Eu gosto do diálogo, da conversa. E quero trabalhar dessa maneira”.
O vereador eleito Gerson Sartori, do PT, afirma ter razões para acreditar que sua eleição para a presidência da casa esteja praticamente certa.
“Dos 19 vereadores, 14 já declararam estar comigo. Pelo menos até hoje posso dizer que a eleição está garantida. Pelo menos até hoje. Mas eu não sento na cadeira de presidente antes da hora”, disse.
O trabalho de Sartori tem sido feito em sintonia com Bigardi e Zeca Pires, o futuro responsável pela Casa Civil e pela articulação política do governo.
Pires tem trabalhado para garantir a sintonia entre o Executivo e o Legislativo. “O objetivo é garantir a maioria da Câmara Municipal”, diz.
Tanto Bigardi, quanto Sartori e Pires, garantem que não tem havido troca de cargos e favores para consolidar a maioria.
Mas o fato é que Sartori tem enfrentado forte pressão, especialmente de movimentos populares, que buscam uma forma mais transparente para a eleição do próximo presidente da Câmara.
Não é um assunto fácil para o vereador petista.
“A eleição é um assunto político, que deve ser encaminhado de forma política”, responde.
Sartori tem sido criticado também por ter mantido o ex-vereador Jorge Haddad no cargo de diretor da Câmara Municipal. Haddad é acusado por movimentos populares de ter poder demais dentro da casa.
Sartori nega.
“O Jorge Haddad é um diretor da casa. Ele faz o que a presidência manda. Não vejo razão para me ocupar com isso agora. Não faz sentido”.
Na foto de abertura, o momento da pose oficial depois da diplomação.