Na última segunda-feira (24), o Fundo Social de Solidariedade (Funss) de Jundiaí realizou a primeira edição do Clube de Mães Atípicas, um evento destinado a mães, pais e cuidadores de crianças com deficiência.
O encontro, que reuniu mais de 200 pessoas no Espaço Expressa, teve como objetivo criar um ambiente de acolhimento e troca de experiências entre as famílias, além de promover o debate sobre questões relacionadas à deficiência e ao apoio social e educacional.
O termo “mães atípicas” se refere às mulheres que cuidam de crianças com deficiências físicas, intelectuais ou múltiplas, ou ainda de condições como o Transtorno do Espectro Autista (TEA), que exigem cuidados e atenção diferenciada. Essas mães enfrentam desafios diários relacionados à educação, saúde e assistência social, muitas vezes sem o suporte necessário para lidar com as especificidades das necessidades de seus filhos.
O evento contou com um painel conduzido por uma especialista em direito das pessoas com deficiência, que mediou uma conversa com três mães atípicas, que compartilharam suas histórias e desafios.
A presidente do Fundo Social de Solidariedade, Ellen Camila Martinelli, destacou a importância de oferecer um espaço de acolhimento e apoio contínuo:
“A cada reunião que fizermos, queremos que o acolhimento e o ouvido atento sejam sempre o foco principal. Vamos trazer temas relevantes para garantir que esse espaço seja sempre representativo a todos os presentes.”
O prefeito Gustavo Martinelli (União Brasil) também participou do evento e ressaltou a importância de políticas públicas voltadas para as famílias atípicas. Ele enfatizou que a Prefeitura de Jundiaí tem trabalhado para oferecer suporte às mães, pais, avós e cuidadores que lidam com as demandas das crianças com deficiência.
“Essas famílias precisam de suporte em diversos âmbitos. O que o Fundo Social de Solidariedade está fazendo é parte deste processo, pois mães, pais, avós e cuidadores merecem um espaço como este”, afirmou o prefeito.
Ações em Andamento
De acordo com a Prefeitura, além do Clube de Mães Atípicas, diversas ações vêm sendo implementadas para promover a inclusão educacional e o suporte social às famílias atípicas.
Entre as medidas, destaca-se o aumento de 50% no salário dos estagiários de pedagogia e o dobramento do número de estagiários na rede municipal de ensino, passando de 150 para 300. Segundo a gestora da Unidade de Gestão de Educação (UGE), Priscila Costa, a intenção dessas medidas é oferecer mais apoio na sala de aula para os estudantes com deficiência.
Outra ação mencionada pela administração foi a criação de um banco de horas para professores ingressantes, uma medida que visa garantir maior flexibilidade no atendimento aos alunos com necessidades especiais. Priscila Costa também destacou que a capacitação de professores, coordenadores e profissionais de apoio tem sido uma prioridade para criar um ambiente mais inclusivo.
Na área de Desenvolvimento e Assistência Social, a gestão realiza acompanhamentos especializados para famílias com membros com deficiência, auxiliando no acesso aos direitos socioassistenciais. Luciane Mosca, gestora da pasta, mencionou o Programa Criança Feliz, que oferece visitas domiciliares e atividades coletivas para crianças, com foco em Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Próximos Passos
O próximo encontro do Clube de Mães Atípicas está agendado para abril, com inscrições abertas através do link: Google Forms.