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Crise na saúde: rejeição de contrato gera impasse entre Prefeitura e Hospital São Vicente

Em menos de um mês de mandato, a gestão do prefeito Gustavo Martinelli (União Brasil) enfrenta sua primeira crise com a rejeição pelo Conselho Municipal de Saúde (Comus) da renovação do contrato entre a Prefeitura de Jundiaí e o Hospital São Vicente para a administração dos Prontos Atendimentos (PAs) da cidade .

O Conselho Municipal de Saúde  aprovou apenas uma renovação emergencial por 90 dias, sem reajuste, contrariando o acordo previamente anunciado pelo governo municipal. Horas após a decisão do Conselho, o gestor de Promoção da Saúde, Adolfo Martin, pediu exoneração, alegando problemas de saúde.

A decisão do Conselho foi tomada na noite de quarta-feira (29), no mesmo dia em que a Prefeitura havia anunciado que o contrato seria renovado por um ano.

A rejeição gerou um impasse e levou a uma nova rodada de negociações na Câmara Municipal na manhã da quinta-feira (30), com a participação do presidente da Casa, Edicarlos Vieira (União Brasil), vereadores, representantes da Secretaria de Saúde e do Hospital São Vicente. A reunião, que durou seis horas, terminou sem consenso.

Durante o encontro, o superintendente do hospital, Matheus Gomes, destacou o aumento da demanda por serviços médicos, mencionando um crescimento de 30% nas internações desde 2017, uma expansão de 50% nos serviços de radioterapia e um aumento nos atendimentos nos PAs, que passaram de 33 mil para 48 mil no mesmo período. Gomes afirmou que a continuidade dos serviços não está em risco, mas ressaltou a necessidade de uma solução financeira.

O presidente da Câmara, Edicarlos Vieira, afirmou que a Casa acompanhará as negociações e criará uma comissão especial para fiscalizar os repasses ao hospital. “Temos gratidão pelo trabalho do Hospital São Vicente, mas também precisamos garantir que os recursos públicos sejam utilizados de forma eficiente e transparente”, disse.

Em nota oficial, o Hospital São Vicente declarou ter sido surpreendido pela decisão do Conselho Municipal de Saúde e afirmou que a falta de reajuste no contrato impacta suas finanças. A instituição reiterou seu compromisso com a população e garantiu que os atendimentos continuarão normalmente.

O impasse entre a Prefeitura e o hospital evidencia a influência do Conselho Municipal de Saúde nas decisões sobre contratos de gestão. A Câmara Municipal se posicionou como mediadora, mas ainda não há uma solução definida.

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