O terreno do antigo Hospital Psiquiátrico, no Jardim Tamoio, em Jundiaí, começou a ser demolido para dar lugar a cerca de 400 unidades habitacionais e equipamentos públicos, marcando o início de um projeto de reurbanização na região.
O superintendente da Fundação Municipal de Ação Social (Fumas), Rodrigo Mendes Pereira, acompanhou o início dos trabalhos na última sexta-feira (5), ao lado do diretor técnico, Lázaro Aparecido da Silva Ribeiro, e da diretora de Habitação, Tatiana Reis Pimenta. Segundo Pereira, a demolição deve ser concluída em 40 dias.
“Esta é uma fase simbólica de todo o processo de reurbanização dessa região. Essa demolição representa um novo passo”, afirmou Pereira durante a visita ao local.
Ele explicou que o projeto original, elaborado pela administração anterior, previa a construção de um parque na área, mas a atual gestão optou por priorizar habitação. “Nós revertemos isso para um projeto de habitação com equipamentos públicos”, disse.
O empreendimento visa atender famílias em situação de vulnerabilidade do Jardim Tamoio, da Baixada do Paraná e do Núcleo Balsan, incluindo aquelas em áreas de risco.
“Estamos ouvindo a comunidade, que participará de todo o processo”, destacou o superintendente. As 400 unidades serão divididas entre prédios e casas, com financiamento da Prefeitura de Jundiaí e do programa federal Minha Casa Minha Vida.

Além das moradias, estão previstos equipamentos públicos, uma área comercial e um espaço para reciclagem, demandas levantadas pelos próprios moradores, segundo Pereira.
O projeto também inclui melhorias no sistema viário da região ainda em 2013, com um novo acesso ligando a rua Adamantina à entrada do residencial Tupi, além do alargamento das ruas Carlos Ângelo Mathion e da Mina e uma interligação com a Avenida Antônio Frederico Ozanam.
“Um novo projeto de configuração viária será desenvolvido para aquela região”, informou o superintendente.
A área do antigo hospital tem histórico de ocupação irregular.
Na década de 1990, o prédio foi invadido, e em 2012 cerca de 300 famílias que viviam em condições precárias foram retiradas do local. Parte delas recebeu auxílio-aluguel, enquanto outras foram realocadas para apartamentos nos residenciais Tupi I, II e III.
Atualmente, 96 famílias e oito comércios ainda ocupam o entorno, sendo que 71 permanecem por força de uma decisão judicial de manutenção de posse.
“Já estamos negociando de forma transparente e respeitosa para que todos saiam dali definitivamente”, garantiu Pereira.
A transformação do espaço, que já foi palco de dramas sociais, é vista como um marco para a região. Com a demolição em andamento, a Fumas avança no planejamento para iniciar as construções, que prometem mudar a realidade de centenas de famílias em Jundiaí.