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Derretimento recorde no Ártico pode alterar clima do mundo todo

As temperaturas no Ártico estão 20 graus centígrados acima do habitual para esta altura do ano, uma subida que os cientistas têm descrito como inédita e que está a fazendo soar alertas no mundo científico.

Como consequência das altas temperaturas, o gelo polar está derretendo muito rapidamente, e o desaparecimento da calota glaciar, avisam os especialistas, pode desencadear uma situação catastrófica que poderá ter consequências em todo o mundo.

Segundo o Relatório de Resiliência do Ártico, elaborado pelo Instituto do Ambiente de Estocolmo e que compila dados de onze organizações, inclusivamente do Conselho do Ártico e de seis universidades, os efeitos do aquecimento da região polar poderão ser sentidos até no Oceano Índico.

O mesmo documento, citado pelo jornal português Diário de Notícias, indica que as mudanças no Ártico poderão atingir todo o planeta e causar alterações incontroláveis do clima em todo o mundo, identificando pontos críticos que têm o potencial de causar efeitos profundos e irreversíveis nos ecossistemas.

Entre os pontos críticos identificados no relatório estão o crescimento da vegetação da tundra, característica das planícies de clima polar, que substitui a neve e o gelo; por não ter capacidade para refletir a luz e o calor, a vegetação absorve-o e liberta metano, que contribuiu para o aumento do efeito de estufa.

Também a mudança da distribuição da neve, num oceano mais quente, poderá resultar numa alteração dos padrões do clima até ao continente asiático. E algumas espécies marinhas comuns no Ártico poderiam desaparecer, provocando alterações nos ecossistemas em todo o globo.

Este relatório, explica o jornal britânico The Guardian, surge num momento importante, não apenas devido à constatação do aumento significativo das temperaturas no Ártico mas também porque o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, revelou que irá retirar financiamento à NASA e outras agências norte-americanas que examinam as alterações no Ártico para o aplicar na exploração espacial.

“Seria um erro enorme”, disse ao Guardian Marcus Carson, do Instituto de Estocolmo. “Como arrancar os instrumentos do cockpit do avião enquanto se está a meio do voo”, frisou, garantindo que é necessária mais e melhor investigação para perceber as causas do degelo no Ártico e conseguir encontrar a solução para o evitar.

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