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O debate foi chato. Bem chato.

Mas importante. O formato escolhido permitiu que cada candidato pudesse se expor de um jeito mais próximo do que realmente é, praticamente sem filtros.

Obviamente, ambos são treinados e experientes políticos. Luiz Inácio Lula da Silva ocupou a presidência por dois mandatos entre 2003 e 2010, Jair Messias Bolsonaro é presidente há quase quatro anos.

Mas na frente das câmeras nem o mais treinado político consegue esconder quem realmente é, qual seu plano, seus pensamentos, seus objetivos.

Não foi um debate de ideias, no entanto. O que se viu foi o possível, diante das limitações.

As pesquisas qualitativas mostram que, entre os indecisos, Lula venceu. No entanto, acredito, guiado pelo meu sentimento, que, ao final, está tudo na mesma: quem vota em Lula continua votando. Quem é Bolsonaro continua sendo.

Bolsonaro fala para convertidos, apenas. Lula buscou ampliar a corrente de centro-esquerda que vê nele a alternativa para a continuidade da construção da democracia brasileira.

De certa forma, foi um debate didático: mostrou o Brasil de hoje e a desinformação que domina a cena. Como contraponto, nas redes sociais em tempo real, as agências de checagem e jornalistas mostravam a realidade com números, comparações e avaliações aprofundadas — quem quer realmente saber tem onde buscar.

Após o debate, Bolsonaro garantiu que vai respeitar o resultado das eleições — algo que seria óbvio, não fosse, lamentavelmente, todas as suas tentativas de deslegitimar o processo democrático.

Garantiu o respeito à democracia para, logo em seguida, abandonar a entrevista coletiva diante de uma pergunta espinhosa de um jornalista.

 

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