O crescimento da Região Metropolitana de Jundiaí (RMJ) traz preocupações quanto à preservação dos recursos hídricos da região.
Com a expansão urbana e industrial, cresce também a demanda por água, colocando pressão sobre mananciais e reservas ambientais.
O Plano de Desenvolvimento Urbano Integrado (PDUI) busca garantir o equilíbrio entre o desenvolvimento e a conservação das fontes de abastecimento, mas desafios como ocupações irregulares e poluição dos rios exigem ações concretas para evitar crises no futuro.
A RMJ abriga importantes mananciais de abastecimento, incluindo rios e nascentes que alimentam a represa do Jundiaí-Mirim, uma das principais fontes de água para Jundiaí. A ocupação desordenada do solo pode comprometer a qualidade e a quantidade de água disponível, levando a problemas como:
- Assoreamento e poluição dos mananciais, devido ao despejo de resíduos e falta de saneamento adequado.
- Expansão urbana sobre áreas de recarga hídrica, reduzindo a capacidade de reposição dos aquíferos.
- Risco de escassez hídrica, caso o crescimento da demanda não seja acompanhado por políticas de gestão eficiente.
O que o PDUI propõe para proteger a água da RMJ?
O macrozoneamento ambiental do PDUI estabelece áreas prioritárias para a proteção de recursos hídricos, classificando-as como Macrozona de Preservação Ambiental ou Macrozona de Uso Sustentável.
Essas regiões devem ter restrições à ocupação e uso do solo, garantindo a conservação das nascentes e cursos d’água.
Além disso, o plano propõe:
- Regras para evitar a urbanização desordenada em áreas de mananciais.
- Fortalecimento da fiscalização contra despejo irregular de resíduos e contaminação dos rios.
- Aprimoramento da gestão do abastecimento, considerando o crescimento da população metropolitana.
A integração entre os municípios será essencial para o sucesso dessas medidas. Sem uma atuação coordenada, o impacto ambiental em um município pode afetar o abastecimento de toda a região.
Os desafios da implementação
A preservação da água na RMJ depende da adequação dos planos diretores municipais às diretrizes do PDUI. No entanto, como alguns municípios ainda operam com legislações urbanísticas desatualizadas, há riscos de que novas ocupações ocorram sem o devido controle.
Além disso, será necessário garantir investimentos em infraestrutura de saneamento e monitoramento ambiental, impedindo que áreas de preservação sejam degradadas.
O engajamento da população e a conscientização sobre o uso racional da água também são fatores determinantes para a sustentabilidade hídrica da região.
Com o avanço do planejamento metropolitano, a RMJ terá que equilibrar crescimento econômico e proteção ambiental para garantir que o abastecimento de água seja preservado para as próximas gerações.