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Martinelli se compromete a implementar plano municipal de drenagem

O prefeito eleito de Jundiaí, Gustavo Martinelli, se comprometeu a implementar o Plano Municipal de Gestão Integrada e Drenagem, cuja discussão teve início em 2013, mas até hoje não foi implantado.

O anúncio ocorreu na segunda-feira, 30 de dezembro, em nota de sua assessoria de comunicação, após fortes chuvas que atingiram a cidade no domingo. Martinelli acompanhou pessoalmente as ações emergenciais conduzidas pela Defesa Civil.

O plano prevê a construção de piscinões e outras obras estruturais para reduzir os impactos das chuvas, além de medidas reguladoras para disciplinar o controle das inundações nas bacias urbanas.

“Os desafios são muitos, mas com ações coordenadas e planejamento, podemos garantir mais segurança para as famílias e preparar Jundiaí para o futuro”, disse o prefeito eleito.

Desde sua concepção, o plano mapeou as bacias urbanas e propôs soluções como áreas de infiltração, controle de vazão e reservatórios integrados ao espaço urbano.

Elaborado pela empresa Hidrostudio Engenharia, o documento está disponível para consulta no site da Prefeitura desde 2015.

Governos anteriores realizaram algumas ações pontuais, como a limpeza de córregos e a implantação de jardins de chuva em locais estratégicos. No entanto, a implementação completa do plano ainda não ocorreu.

Martinelli também anunciou medidas imediatas, como a intensificação da limpeza de galerias e campanhas de conscientização sobre o descarte adequado de lixo.

A arrecadação de alimentos e doações para as famílias afetadas pelas chuvas foi organizada como resposta emergencial.

Impactos imediatos das chuvas

As chuvas de 29 de dezembro acumularam 71 milímetros em apenas três horas, segundo da Prefeitura, provocando alagamentos em bairros como Ponte São João, Jardim Sorocabana e Jardim Fepasa. Houve ainda deslizamentos que levaram à interdição de cinco residências.

Apesar dos danos materiais, não houve vítimas.

Com o aumento da frequência de eventos climáticos extremos, a implementação do plano de drenagem é vista por especialistas como essencial para mitigar prejuízos recorrentes e proteger as áreas mais vulneráveis da cidade.

O Plano de Gestão Integrada de Drenagem

Desenvolvido com um horizonte de planejamento de 20 anos, o Plano de Gestão Integrada de Drenagem de Jundiaí tem como objetivo orientar o manejo sustentável das águas pluviais até 2034.

O estudo projeta um crescimento populacional para 528 mil habitantes e expansão da área urbana de 47 km² para 72 km², exigindo estratégias robustas e integradas para a drenagem da cidade.

O plano adota as bacias hidrográficas como unidade de análise, avaliando aspectos como geologia, ocupação urbana e capacidade da infraestrutura existente. Entre as principais diretrizes estão:

  • Controle de vazões nas fontes, evitando a transferência de inundações para áreas a jusante;
  • Preservação de várzeas, que ajudam a reduzir os picos de cheia;
  • Soluções estruturais, como ampliação de pontes e canais em pontos de restrição;
  • Medidas preventivas, incluindo a proteção de áreas ambientais, como a Serra do Japi.

Regiões críticas foram identificadas, como Vila Arens, Jardim Fepasa e margens do Rio Jundiaí, onde a ocupação de várzeas e deficiências no sistema de microdrenagem agravam os problemas de alagamento.

Cenário futuro e urgência de ação

Sem intervenções, projeções indicam que os problemas de drenagem serão agravados com o crescimento urbano e eventos climáticos intensos, impactando áreas como a Avenida Frederico Ozanam e o córrego Walkyria.

A insuficiência de pontes e canais reforça a necessidade de intervenções estruturais para aumentar a capacidade de escoamento e minimizar os riscos de alagamento.

A implementação do plano é considerada por especialistas na questão ambiental, essencial para garantir o manejo sustentável das águas pluviais, equilibrando o desenvolvimento urbano com a preservação ambiental e preparando Jundiaí para os desafios futuros.

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