O movimento #ocupapontetorta surgiu de uma conversa entre amigos no final do ano passado. Um encontro casual num domingo e três dias depois, uma quarta-feira, dia 30 de dezembro, acontecia o primeiro #ocupa.
Organizado (ou nem tanto) através das redes sociais, e coordenado pelo coletivo Pedala Jundiaí, o primeiro #ocupa juntou rappers, rockers, pedalantes, jovens, adultos e crianças numa sequência de som, artes e conversas.
No domingo, 31 de janeiro, aconteceu o segundo #ocupa. Articulado da mesma forma, cresceu em força e organização. Pessoas chegaram. Skatistas, bicicleteiros, músicos, várias tribos (rolou até música clássica).
E num dia de concorrência grande na cidade. Blocos de carnaval, Festa da Uva e outras atividades.
O #ocupapontetorta surge da necessidade de mais espaços para convívio e manifestações culturais, e aproveita a praça Erazê Martinho, em frente ao monumento da Ponte Torta, um local que é uma ilha de convivência em meio a avenidas de alto tráfego.
O próximo evento já está marcado. Acontece no último domingo de fevereiro, dia 28. E do mesmo jeito. Sem programação definida. Será aquilo que as pessoas levarem, tipo almoço comunitário.
Um evento aberto, como aberta é a praça e os espaços públicos da cidade. Locais, como o próprio nome indica, públicos. Isto é, pertencente às pessoas.
Esse tipo de manifestação é garantida pela lei nº 8527/2015 de autoria do vereador Rafael Purgato (PCdoB) e sancionada pelo prefeito Pedro Bigardi em 9 de dezembro de 2015.
Pela lei fica permitida a livre expressão artística em locais públicos de Jundiaí, como praças, sem a necessidade de autorização prévia por parte da Prefeitura.
O #ocupapontetorta realizado em 31 de dezembro foi, provavelmente, o primeiro evento realizado depois da promulgação da lei.
O PROJETO
E elaboração do projeto de lei foi feita em conjunto com a Secretaria Municipal de Cultura e os Coletivos de Cultura de Jundiaí: Itinerâncias 493, Ateliê Casarão, Ateliê Lelê da Cuca, Ateliê Plano, Casa Colaborativa, Circuito Cultura Jundiaí, Cineclube Consciência, Coisarada, Confluência e Coletivo Hip Hop.
A lei nº 11.877 regulamenta pequenas apresentações que não exige qualquer estrutura, a sonorização é permitida desde que respeite os limites de som estabelecidos por legislação.
O projeto também prevê a comercialização de bens culturais duráveis e autorais, como CDs, DVDs, livros, quadros e peças artesanais. Apresentações depois das 22 horas são permitidas desde que respeitem as legislações vigentes.
Confira as fotos de Lucas Castroviejo (autor da foto de abertura)
https://www.facebook.com/castroviejofoto/?fref=ts
E de Dane Dalastra
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