Skip to content Skip to footer

Oscar consagra ‘Ainda Estou Aqui’ e marca momento histórico para o cinema brasileiro

O cinema brasileiro viveu uma noite histórica neste domingo (3) na 97ª edição do Oscar, realizada em Los Angeles, nos Estados Unidos. O filme Ainda Estou Aqui, dirigido por Walter Salles, conquistou o prêmio de Melhor Filme Internacional, tornando-se a primeira produção brasileira a vencer nessa categoria.

A obra superou concorrentes de peso, como Emilia Pérez (França), A Semente do Fruto Sagrado (Alemanha), A Garota da Agulha (Dinamarca) e Flow (Letônia). Em seu discurso de agradecimento, Walter Salles dedicou o prêmio a Eunice Paiva, esposa do ex-deputado Rubens Paiva, desaparecido durante a ditadura militar.

“Essa é a culminação de sete anos de imersão para desenvolver e contar essa história. É um momento simbólico e muito significativo para todos nós”, declarou o cineasta.

Indicado também na categoria de Melhor Filme, Ainda Estou Aqui perdeu para Anora, grande vencedor da noite com cinco estatuetas. Fernanda Torres, que disputava o prêmio de Melhor Atriz, viu a vitória ficar com Mikey Madison, de Anora. Ainda assim, Fernanda entra para a história ao repetir o feito de sua mãe, Fernanda Montenegro, que foi indicada ao Oscar em 1999.

A premiação também repercutiu em Jundiaí. A secretária de Cultura, Clarina Fasanaro, celebrou a conquista:

“Que alegria ver o cinema brasileiro ocupando o lugar que merece, com Ainda Estou Aqui, um filme que retrata nossa história recente e traz uma reflexão necessária nesse momento político que o mundo vive”.

O prefeito Gustavo Martinelli (União Brasil) também destacou o feito em suas redes sociais:

“Ainda Estou Aqui faz história. Produção ganha o primeiro Oscar do Brasil na categoria Melhor Filme Internacional. A noite deste domingo é uma das mais importantes para o cinema brasileiro nos últimos 26 anos, e ela veio premiada”.

Baseado no livro autobiográfico de Marcelo Rubens Paiva, Ainda Estou Aqui reconta a trajetória de Eunice Paiva na busca por respostas sobre o desaparecimento de seu marido.

Com a vitória no Oscar, a obra voltou ao topo das listas de livros mais vendidos. O caso de Rubens Paiva também ganhou novos desdobramentos recentes: em janeiro deste ano, a Justiça determinou a retificação de sua certidão de óbito, alterando a causa da morte de “desaparecimento político” para “morte violenta causada pelo Estado brasileiro”.

Além disso, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu reavaliar se a Lei da Anistia se aplica a crimes de sequestro e cárcere privado cometidos durante a ditadura.

Com essa conquista, Ainda Estou Aqui reforça a força do cinema nacional e coloca o Brasil no centro das discussões sobre memória, justiça e democracia no cenário internacional.

Receba nossas notícias!

Não fazemos spam! Leia nossa política de privacidade para mais informações.

Receba nossas notícias!

Não fazemos spam! Leia nossa política de privacidade para mais informações.