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O Plano de Mobilidade de Jundiaí no papel e na prática: avanços e desafios

Jundiaí enfrenta desafios crescentes em mobilidade urbana com o aumento da população e da frota de veículos.

Dia após dia, o que se vê nas ruas é um volume cada vez maior de veículos e um tempo crescente nos congestionamentos.

Para organizar e planejar soluções que garantam um deslocamento eficiente e seguro, a Prefeitura, em 2022, elaborou o Plano de Mobilidade Urbana de Jundiaí (PMUJ), um documento estruturado para orientar as políticas públicas e investimentos no setor.

O plano traz um diagnóstico detalhado da situação atual e apresenta estratégias para melhorar o trânsito, transporte público, acessibilidade e sustentabilidade.

O Plano de Mobilidade Urbana foi aprovado pela Câmara Municipal, e se tornou a Lei Municipal nº 9.752 de 26 de abril de 2022.

Mas, afinal, quais os problemas e soluções apontados pelo Plano?

Os desafios da mobilidade

O crescimento acelerado da cidade trouxe impactos diretos para o sistema viário. Segundo levantamentos do Plano de Mobilidade Urbana, gargalos viários persistem em regiões de grande circulação, como a Avenida 9 de Julho e a Ponte São João.

No horário de pico, o trânsito se torna um desafio para motoristas e passageiros do transporte coletivo. Além disso, o avanço da expansão urbana para bairros periféricos ampliou a dependência do transporte individual, gerando um aumento expressivo no número de veículos nas ruas.

A infraestrutura viária apresenta deficiências que comprometem a mobilidade de pedestres e ciclistas. O levantamento realizado para o plano identificou calçadas estreitas, mal conservadas e sem acessibilidade em diversas áreas da cidade.

A rede cicloviária, apesar de avanços pontuais, ainda é insuficiente para garantir segurança e conforto aos ciclistas. Esses fatores levam a um uso excessivo de carros, contribuindo para a saturação do sistema viário e elevando os níveis de emissão de poluentes.

A falta de eficiência no transporte coletivo também é um entrave. A pesquisa de opinião realizada para o Plano Municipal de Mobilidade apontou que muitos munícipes evitam o transporte público devido a falhas na cobertura das linhas e na frequência dos ônibus. Os terminais, apesar de bem distribuídos, sofrem com superlotação e falta de integração eficiente com outros modais de transporte.

Soluções propostas

O plano estabelece uma série de estratégias para reverter esse cenário e transformar Jundiaí em uma cidade mais acessível e sustentável.

Entre as principais propostas está a requalificação do sistema viário, com a implementação de um sistema inteligente de trânsito.

A ideia é utilizar semáforos automatizados, sensores e câmeras para otimizar o fluxo de veículos, reduzindo congestionamentos nos principais corredores da cidade. Um dos projetos destacados é a criação do “Anel de Contorno do Centro”, uma série de intervenções viárias que devem desafogar o tráfego nas áreas mais movimentadas.

A mobilidade ativa também é um dos pilares do plano. A Prefeitura pretende ampliar a rede cicloviária, especialmente ao longo do Rio Jundiaí, interligando ciclovias já existentes e garantindo mais segurança aos usuários de bicicleta.

Para pedestres, as calçadas deverão ser qualificadas, eliminando obstáculos e ampliando a acessibilidade. O conceito de “Cidade para Crianças” também está presente, com a criação de rotas seguras para deslocamento entre escolas e bairros residenciais.

No transporte público, o Plano propõe a reorganização das linhas de ônibus para garantir maior eficiência e cobertura. A integração entre diferentes modais é um dos objetivos centrais, buscando facilitar a conexão entre ônibus, bicicletas e transporte ferroviário.

A bilhetagem eletrônica deverá ser modernizada para oferecer maior praticidade aos usuários, e terminais estratégicos serão revitalizados para melhorar o conforto dos passageiros.

A gestão do espaço urbano e do trânsito

Outro aspecto crucial abordado no Plano é o controle do estacionamento e a gestão da ocupação do espaço urbano. O estudo realizado para o plano revelou que o excesso de veículos estacionados em áreas centrais agrava a lentidão do tráfego e dificulta a circulação de pedestres.

Para enfrentar esse problema, a Prefeitura deveria, segundo o Plano, revisar o sistema de estacionamento rotativo, ampliando as vagas regulamentadas e incentivando o uso de bolsões de estacionamento próximos a terminais de transporte coletivo.

A fiscalização do trânsito também deveria ser reforçada, com maior uso de tecnologia para monitoramento de infrações e controle de fluxo. O objetivo é garantir que as regras sejam respeitadas, melhorando a fluidez do trânsito e aumentando a segurança viária.

O impacto esperado

Com a implementação do Plano, espera-se uma mobilidade mais eficiente e sustentável, reduzindo congestionamentos, promovendo alternativas ao carro e garantindo melhor qualidade de vida para os munícipes.

O sucesso do plano, porém, dependerá do comprometimento da gestão municipal e da colaboração da população em aderir a novas formas de deslocamento.

Mais do que um conjunto de diretrizes técnicas, o Plano de Mobilidade Urbana representa uma mudança na forma como Jundiaí encara a mobilidade urbana.

O desafio é transformar essas propostas em realidade e garantir que as soluções saiam do papel para impactar positivamente o cotidiano dos cidadãos.

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