A Prefeitura de Jundiaí rebateu as alegações da empresa Shop Signs Obras e Serviços Ltda. sobre a rescisão do contrato para a construção do Pronto Atendimento (PA) da Vila Progresso, feitas em reportagem publicada pelo Oa em 29 de março de 2025. A administração municipal atribui os atrasos e problemas na obra a falhas da própria empresa.
De acordo com a prefeitura, a obra foi iniciada em 25 de janeiro de 2023, com previsão inicial de entrega para fevereiro de 2024. No entanto, o prazo foi prorrogado quatro vezes, totalizando 738 dias, devido a problemas na execução dos serviços, retrabalho, falta de planejamento e uso de materiais inadequados.
A administração municipal também apontou que a empresa trocou diversas vezes o engenheiro responsável, o que teria prejudicado o andamento da construção.
Outro ponto destacado pela prefeitura foi a dificuldade no processamento dos pagamentos. A administração informou que desembolsou R$ 13,3 milhões pelos serviços executados, mas que a própria empresa atrasou o envio das medições – documentos que comprovam a execução da obra.
Além disso, muitas medições apresentavam erros, como serviços duplicados ou cálculos incorretos, dificultando a liberação dos valores.
A prefeitura afirmou que em 20 de fevereiro de 2025 cobrou um plano de recuperação para corrigir os atrasos, mas a empresa não teria apresentado soluções adequadas. Quatro dias depois, segundo a administração municipal, a Shop Signs voltou a enviar medições com erros, impossibilitando sua aprovação.
Diante do descumprimento contratual, o contrato foi rescindido unilateralmente.
A Shop Signs, por sua vez, contesta a versão da prefeitura. A empresa alega que os atrasos foram causados por inadimplência da administração municipal, mudanças no escopo da obra sem ajustes formais no contrato e exigências extras sem previsão orçamentária. Além disso, afirma que houve retenção de pagamentos e problemas no processo de fiscalização.
Além da rescisão do contrato do PA da Vila Progresso, outras duas obras sob responsabilidade da Shop Signs também são alvo de disputa: o Centro das Artes – Glória Rocha e o Centro POP na Vila Arens.
A prefeitura já iniciou os trâmites para uma nova licitação a fim de concluir as obras do PA da Vila Progresso, enquanto a Shop Signs entrou com ação judicial para cobrar os valores que alega serem devidos e comprovar a execução dos serviços.