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Vereadores aprovam retorno das sessões noturnas em meio a tumulto e acusações

A Câmara Municipal aprovou, no final da manhã desta terça-feira (8), o retorno das sessões legislativas noturnas. A decisão foi marcada por intensos debates entre os parlamentares e por momentos de tumulto nas galerias, com gritos e acusações entre o público e vereadores.

A proposta, que começará a ser aplicada a partir do próximo mês, determina que os trabalhos legislativos terão início às 16h, com a Tribuna Livre e o Grande Expediente, enquanto as votações se concentrarão a partir das 18h. O encerramento está previsto para as 22h.

Segundo os defensores da medida, o novo horário facilitará o comparecimento da população e reforçará a transparência dos atos do Legislativo. Dados apresentados pelos parlamentares favoráveis indicam que o custo adicional representará 0,0015625% do orçamento anual da Câmara.

A aprovação ocorre após um histórico de embates sobre o tema. As sessões haviam sido transferidas para o período da manhã durante a pandemia de Covid-19 sob justificativa de economia de recursos — principalmente com horas extras de servidores e consumo de energia. Desde meados de 2023, a discussão sobre a volta dos trabalhos à noite foi retomada, com apoio de parte da população e de alguns vereadores.

Um abaixo-assinado virtual e a articulação do vereador Romildo Antônio permitiram a apresentação formal do projeto neste ano.

Dos 19 vereadores, 13 votaram a favor: Mariana Janeiro, Paulo Sérgio Martins, Romildo Antônio, Henrique Parra Filho, Dika Xique Xique, Juninho Adilson, João Victor, Carla Basílio, Cristiano Lopes, Kachan Jr, Edicarlos Vieira, Zé Dias e Daniel Lemos. Foram contrários Madson Henrique, Leandro Basson, Rodrigo Albino, Faouaz Taha e Quézia de Lucca. O vereador Tiago da El Elion não participou da votação.

A sessão foi marcada por tensão. Durante os debates, o vereador Rodrigo Albino pediu a retirada de uma pessoa do plenário, alegando ter sido chamado de “fascista”. O pedido acirrou os ânimos: parte do público passou a repetir o insulto em coro, o que levou à suspensão temporária da sessão.

Em outro momento, o vereador Leandro Basson também foi alvo de provocações — chamado de “vagabundo” — e tentou subir às galerias para confrontar manifestantes. A intervenção dos vereadores Madson Henrique e Paulo Sérgio impediu que a situação escalasse para agressão física.

Parlamentares contrários à mudança de horário sustentaram que a proposta ignora questões práticas e operacionais da Casa, como o aumento de despesas e o impacto sobre os servidores contratados para atuar em horário comercial. Também criticaram a baixa presença da população em sessões noturnas anteriores e classificaram o projeto como uma pauta de viés ideológico, impulsionada por setores da esquerda.

A volta das sessões à noite representa uma mudança significativa na rotina da Câmara Municipal de Jundiaí e deve reacender o debate sobre a participação popular nas decisões do Legislativo. Ainda assim, os acontecimentos desta terça-feira revelam o desafio que a Casa terá para garantir que esse retorno se dê com civilidade, segurança e respeito mútuo.

Com informações da Câmara Municipal e dos sites Tribuna de Jundiaí e Jundiaí Agora.

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