Jundiaí encerrou neste domingo (28) uma era política que durou duas décadas. Com 65,57% dos votos válidos, Pedro Bigardi (PCdoB) foi eleito prefeito, derrotando Luiz Fernando Machado (PSDB), que obteve 34,43%.

O resultado representa não apenas uma troca de gestão, mas um realinhamento político da cidade, que por 20 anos esteve sob administração tucana.

A virada começou a se desenhar ainda no primeiro turno, quando Bigardi saiu na frente com 49,98% dos votos, contra 42,95% de Luiz Fernando. A vantagem obtida no primeiro turno foi ampliada no segundo, impulsionada por uma campanha que mobilizou eleitores insatisfeitos com a continuidade do PSDB na prefeitura e atraiu apoios de setores que tradicionalmente gravitavam em torno do grupo político derrotado.

O resultado reflete uma conjunção de fatores que favoreceram Bigardi. Primeiro, o desejo de mudança expresso por parte expressiva do eleitorado.

Após 20 anos sob a gestão tucana, aumentou a pressão por uma administração com uma nova abordagem. Bigardi soube capitalizar esse sentimento, apresentando-se como alternativa viável e reforçando seu discurso de gestão participativa e compromisso com demandas populares.

Já Luiz Fernando Machado, que carregava o peso da continuidade, apostou na força do PSDB, do governador Geraldo Alckmin e da estrutura partidária estadual.

No entanto, o apelo à experiência tucana não foi suficiente para conter a ascensão de Bigardi, que conseguiu reunir um arco de alianças e atrair o apoio de eleitores que buscavam um novo ciclo político para a cidade.

Com a eleição de Pedro Bigardi, Jundiaí entra em uma nova fase política. Resta agora acompanhar como o novo prefeito irá transformar o discurso de mudança em ações concretas e se sua gestão conseguirá atender às expectativas criadas durante a campanha.